O 'Acima do Acima'

A Infinitude do Nosso Eu


Saudações aos fráteres e sórores da Conscendo,

Estamos encantados e felizes com a quantidade de sementes estelares que nos ouvem e compreendem os temas que abordamos aqui. Isso é especialmente relevante considerando que as palavras transmitidas pela Conscendo são entregues em uma realidade extremamente restritiva, como a da Terra. Surpreende-nos o entendimento de assuntos tão profundos, que ultrapassam até mesmo a percepção de diversas culturas em outras esferas, que são sumamente tecnológicas e menos limitadas.

É por isso que temos enfatizado a importância da matrix da Terra, onde azurites de elevadíssima frequência, conectados pessoalmente a níveis dimensionais extremamente sutis, encontraram um ambiente propício para suas aventuras de expansão.

Temos sido repetitivos, especialmente no ressalte da importância do desenvolvimento da visão ampliada multidimensional, a fim de nos tornarmos aptos a atingir os mais profundos e sibilinos recantos da toca do coelho de Alice.

Os nobres fráteres que foram capazes de nos acompanhar até esse ponto, estão aptos a expandir suas consciências além de todas as possibilidades imaginadas para o ciclo desse quadrante universal.

Já mencionamos que devemos abandonar a idolatria frequentemente direcionada aos fráteres extraterrestres, uma vez que eles são nossa família, almas semelhantes a nós, com dramas e expectativas muito parecidos. Ao tratá-los como seres angelicais, de uma evolução superior à nossa, nos distanciamos deles em frequência, enquanto erroneamente nos diminuímos. Nós também somos sementes estelares, provenientes das mesmas 'realidades' às quais os fráteres das estrelas estão sintonizados no momento. Somos iguais.

Uma outra semelhança que nos aproxima muito dos fráteres extraplanetários é a fixação nas experiências do mentalismo das formas. Essa característica que compartilhamos nos posiciona igualmente dentro das infinitas camadas da mesma cebola de matrizes mentais.

Conforme mencionado no Caibalion de Hermes Trismegistus, 'assim como é em cima, assim é embaixo', a cebola de matrizes de infinitas camadas replica, com impressionante fidelidade, o cenário restritivo do nosso próprio planeta, onde as almas ficam aprisionadas e adormecidas, em um ciclo sem fim de experiências dentro das matrizes mentais.

A cebola aparenta ser infinita apenas quando observada a partir de uma perspectiva mental concreta. No entanto, sob visão ampliada, ela revela-se finita, pois somos capazes de transcender suas 'realidades' e nos libertar delas.

O mental é enganador e quando revelamos aos fráteres que somos livres, e que só estaremos experimentando a matrix terrena, enquanto o desejarmos, tendo a liberdade de partir daqui para qualquer outra matrix, em qualquer orbe de outros sistemas estelares, ainda assim estaremos sujeitos às limitações dos palcos concretos, dentro da mesma cebola mental.

Nossos fráteres extraterrestres estão experienciando as mesmas matrizes concretas da cebola, assim como nós mesmos. Muitos deles nem perceberam que também estão autolimitados em suas possibilidades, pois estão fixados no mentalismo das formas e adormecidos em ciclos repetitivos, assim como a maioria absoluta dos habitantes da Terra. Grande parte deles repete vivencialidades sem conta, junto às suas próprias civilizações, limitando suas opções por desconhecimento, replicando macrocosmicamente a mesma rotina dos ciclos 'reencarnatórios' da população da Terra.

Os fráteres devem compreender que existem experiências de vida perfeitamente acessíveis, mais expandidas do que as proporcionadas pelas matrizes mentais da cebola. Se desejamos ascender e despertar verdadeiramente para níveis de sutilidade impensáveis, precisamos desenvolver a visão ampliada multidimensional, reconhecendo a transitoriedade das criações mentais concretas. Somente assim seremos capazes de integrar a fluidez do universo, transcendendo a fixação nos elementos concretos.

As verdadeiras realizações da alma não são encontradas em nada externo a nós mesmos. Nenhum mestre ou guru, nenhum castelo à beira-mar, nenhuma criação mental, nada nem ninguém será capaz de nos fornecer o que precisamos para nos completar e nos compreender. Nós somos a própria Fonte fractalizada, Deuses limitados e, para recuperarmos nossos poderes originais, devemos compreender que todo o conhecimento e poder estão adormecidos dentro de nós mesmos. Como um dos oráculos de Delfos disse: 'Conhece-te a Ti mesmo e conhecerás todo o universo e os deuses, porque se o que procuras não achares primeiramente dentro de Ti próprio, não acharás em lugar algum'.

Existe uma dimensão mais etérea, mais sublime e menos limitada do que todas as realidades mentais concretas, menos restringida do que qualquer possibilidade apresentada pelas nossas experiências mentais dentro da cebola. É nessa dimensão que reside uma parte sutilíssima do nosso Eu Infinito, onde as formas são transcendidas e nos conectamos com nossa essência criativa, nos tornando os próprios formadores conscientes das matrizes concretas e abstratas.

Esse plano consciencial sobrepuja qualquer matrix mental, tudo que compõe as formas no nosso universo ilusório, terrestre ou extraterrestre. Trata-se de um plano mais insubstancial, onde não existe tempo ou espaço e onde se encontra nosso Eu criador dos multiversos das formas e das abstrações.

Nesse nível existencial, somos abstratos e metamórficos, assumindo a forma e criando as 'realidades' que desejarmos, gerenciando-as e experimentando qualquer uma delas. Nos tornamos criadores dos mundos e universos mentais.

Somos seres multidimensionais, desprovidos de forma física. Somos pura energia proveniente da Fonte, algo tão incompreensível que nossa jornada expansiva tem como único propósito o autodescobrimento. As criações mentais servem apenas como pontos de referência para obtermos conhecimento.

Mesmo nesse plano existencial tão sutil, ainda buscamos referências mentais e geralmente os fráteres focados nessa dimensão constroem um ou vários avatares para se representar em mundos concretos idílicos só seus, de onde gerenciam as infinitas possibilidades criativas de seus universos.

O acesso livre ao akasha universal nos capacita a recriar 'realidades' híbridas, mesclando pequenas modificações aos mundos mentais já existentes. Por exemplo, podemos fazer uma imersão na civilização egípcia, durante seus tempos áureos, e interagir com ela, sem as restrições do véu do esquecimento, dando origem a uma história nova e original desse povo.

Familiares e amigos queridos permanecem sempre além da proximidade, integrados na mesma união sublime que concede o abraço amoroso entre pai e filho. Todos eles podem se tornar companheiros em aventuras expansivas, independentemente do tempo ou lugar.

As interrelações do nosso Eu Infinito, nesse nível, com outros fractais, são baseados na troca de inumeráveis experiências transdimensionais obtidas em seus universos particulares, em um nível de coesão afetuosa de difícil entendimento para nossa compreensão limitada atual. Além disso, existem outros tipos de interações mais sutis, objetivando a ascensão para planos mais sublimes ainda.

A grande diferença entre as experiências nos mundos concretos, realizadas a partir deste plano, reside no fato de que elas são obtidas de forma consciente. Aqui, o seu Eu Infinito origina uma variedade de subavatares, fractalizando-se em múltiplos personagens, que vivenciarão uma infinidade de experiências únicas. Essa divisão é essencial para tornar possível tal diversidade. Além disso, o seu próprio Eu Infinito tem a capacidade de adentrar os universos mentais criados, explorando-os de maneira sóbria e consciente, embarcando em uma jornada pessoal singular, abandonando essas experiências quando bem lhe aprouver. Neste plano, a felicidade, as aventuras e o crescimento se multiplicam exponencialmente.

Uma ressalva importante deve ser feita neste ponto: é fundamental não confundir o plano de engenharia sideral, que estamos abordando, com o plano mental descrito em certas filosofias esotéricas, mais comumente mencionado na Teosofia. O plano mental descrito por essas doutrinas está ligado à matrix terrena, funcionando como um plano acima do astral comum, um tipo de 'astral superior', onde a mente afeta o meio de maneira instantânea. A grande diferença reside no fato de que o plano mental dimensional da Terra é como um sonho delirante, no qual vagamos entorpecidos, não tendo controle sobre nossas criações e objetivos. Em contraste, a dimensão a que nos referimos neste texto oferece universos mentais mais estáveis, nos quais permanecemos lúcidos e conscientes de nossas produções e intenções.

A 'grande descida da alma' é parte do ciclo expansivo da Fonte, no qual Ela/Nós nos limitamos ao máximo para, em seguida, ascendermos, levando consigo toda a experiência adquirida. Estamos em nosso caminho ascendente, retornando à nossa raiz fractal mais sutil, e o conhecimento nos permite encurtar essa jornada.

Alguns podem pensar que é improvável alcançarmos uma altura tão sublime, mas acreditem, queridos fráteres, nós já estivemos lá e de lá viemos durante essa 'grande descida'. Estamos focados nessa 'realidade' por livre vontade, pela radicalidade da limitante experiência atual.

Essa é a razão pela qual enfatizamos repetidamente a importância do desenvolvimento da visão ampliada multidimensional, pois ela nos capacita a transcender todas as cebolas mentais.

Não estamos afirmando de forma alguma que os fráteres devem necessariamente se direcionar, após a experiência na Terra, para um plano tão sutil. Somos seres únicos, e cada um tem seu próprio modo de avançar na senda, escolhendo a rota que melhor lhe convém. No entanto, é importante que essa escolha seja feita com base no conhecimento e na verdade, e não em ilusões que falsamente limitam nossas opções divinas.

Somos seres inigualáveis, dotados de um inconformismo inato que nos impulsiona incessantemente. A chama da curiosidade insaciável arde dentro de nós, incitando-nos a desvendar os segredos ocultos nos intermináveis túneis da toca do coelho de Alice. Como exploradores incansáveis, mergulhamos de cabeça no desconhecido, ansiosos por elucidar mistérios e desafiar os limites do nosso próprio entendimento.

Nós sempres existiremos como almas insatisfeitas e inquietas, e isso é positivo. Mesmo quando alcançarmos um plano existencial de tamanha sutileza e potência, nossa busca incessante não encontrará descanso até descobrirmos o que está 'acima', bem como o que se encontra infinitamente além desse 'acima'.

Sinceros desejos de Ascensão
Conscendo Sodalitas